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Terca-Feira, 17 de Junho de 2025

Nosso grupo terá candidatura majoritária e meu nome está à disposição. Sou pré-candidato à reeleição”, Plínio Paiva



Nosso grupo terá candidatura majoritária e meu nome está à disposição. Sou pré-candidato à reeleição”, Plínio Paiva

 

Nascido em Goiânia em 10 de agosto de 1986, o jovem prefeito de Crixás Plínio Luís Nunes de Paiva, 33 anos, iniciou sua carreira política nas eleições de 2012, quando aceitou o convite do ex-prefeito daquele município, o médico Orlando Naziozeno (in memorian), para compor sua chapa vitoriosa na condição de vice-prefeito. Naquela ocasião, Plínio Paiva, que tinha apenas 26 anos, abandonou o curso de direito para seguir na vida pública, sendo considerado à época um dos vice-prefeitos mais atuantes da região, o que o credenciou a disputar a cadeira número 1 do município, sendo eleito prefeito em 2016. Em recente conversa com nossa reportagem, Plínio falou um pouco de sua história e fez uma rápida avaliação de sua gestão. Eleições municipais de 2020 também estiveram na pauta.

 

IC: Prefeito, boa tarde. Sabemos que nasceu em Goiânia, mas vive em Crixás desde o primeiro ano de sua vida. Fale-nos um pouco sobre isso.

 

Plínio: Boa tarde. Sim, nasci em Goiânia, mas me considero crixaense de fato, pois fui criado aqui. Meus avós e meus pais já moravam aqui em Crixás. Na verdade, minha mãe foi para Goiânia apenas para o meu nascimento, pois naquela época Crixás não oferecia condições médicas nem clínicas para o nascimento de uma criança caso ocorresse algum problema grave durante o parto. Meu pai e meu avô são pioneiros na instalação da Serra Grande, desde a época das pesquisas eles já trabalhavam aqui. Vim para Crixás ainda bebê, com menos de 01 mês de vida. Cresci à beira do Rio Vermelho. Crixás é a cidade que eu e minha família escolhemos para viver.

 

IC: O que o levou a entrar na política tão jovem?

 

Plínio: Eu era estudante de direito quando fui chamado pelo saudoso ex-prefeito, Dr. Orlando, para compor sua chapa como vice-prefeito. Fui pego de surpresa. A política não fazia parte de meus planos, mas decidi conversar com minha família. De início minha mãe resistiu, mas meu pai absorveu melhor a idéia e, depois de conversarmos bastante, decidi trancar a faculdade e ingressar na vida pública. Graças a Deus tivemos êxito. Infelizmente o destino separou nossos caminhos, meu e do Dr. Orlando, e acabei disputando as eleições em ele em 2016, quando venci com mais de 60% dos votos. Mas reconheço a importância do Dr. Orlando em minha vida pública. Aprendi muito com ele. Serei eternamente grato ao Dr. Orlando e sua família. Sou amigo de seus filhos e familiares.

 

IC: Em pouco mais de um ano e meio o senhor foi afastado da prefeitura por determinação judicial e depois foi reconduzido ao cargo também por determinação judicial. O que de fato aconteceu naquela época?

 

Plínio: Quando iniciamos aqui na prefeitura, tentamos realmente fazer uma mudança radical dentro da estrutura da máquina pública e com isso investimos em profissionais sem os costumeiros vícios políticos. Meu objetivo era renovar e colocamos aqui pessoas novas, com cabeças abertas, recém-formadas; pessoas do município. Quis apostar numa moçada mais nova, que nunca tinha estado no meio político, não apenas nas áreas técnicas como também enfermeiros, médicos e secretários. Demos oportunidades às pessoas de Crixás. Tínhamos então uma equipe com muita vontade de trabalhar, mas sem muita experiência, com medo de tudo e lamentavelmente cometemos alguns erros, mesmo pensando que estávamos no caminho certo, o que pode ocorrer com qualquer um. Tenho certeza que vamos sair desse processo de cabeça erguida, pois além de não ter tirado qualquer proveito pessoal da situação, existe o fato de que o juiz que aceitou o pedido do MP para meu afastamento foi o mesmo que me recolocou ao cargo sem uma defesa prévia dentro do processo. Esse é um sinal positivo. 

 

IC: Que lição você tirou de tudo isso?

 

Plínio: Não costumo reclamar de nada que acontece em minha vida. Deus sabe de todas as coisas e o que aconteceu comigo foi algo que me trouxe maturidade. Voltei do afastamento com ainda mais vontade de trabalhar e estamos dando o máximo nesta administração.

 

IC: Prefeito. Outro problema recente que enfrentou em sua gestão foi o fechamento do centro cirúrgico do Hospital Municipal, que já está reaberto. Porque isso ocorreu?

 

Plínio: O nosso hospital é novo. Eu, ainda quando vice-prefeito, consegui uma emenda do então governador Marconi Perillo, por meio do meu amigo e então deputado estadual Lincoln Tejota, no valor de R$ 1 milhão para a reforma do hospital. Em dezembro de 2016 ele foi reaberto, reinaugurado e nós recebemos o hospital em 2017 novinho. Tivemos contudo de adquirir R$ 2 milhões em equipamentos hospitalares e com isso realizamos muitas cirurgias em nosso hospital a partir do ano de 2017, mas tudo que se usa tem o gasto natural e é claro que um hospital, com 2 anos de uso, já apresenta alguma coisa com defeito. Então a vigilância sanitária teve aqui e pediu que colocássemos uma tela nas janelas e trocássemos os ralos do centro cirúrgico, o que atendemos prontamente. Para nossa surpresa, cerca de duas semanas depois fiscaisda vigilância apareceram aqui e fecharam nosso centro cirúrgico. Eu conheço muito bem a região e sei que nosso hospital é um dos melhores. Muitos hospitais de Goiânia são piores que o nosso e a vigilância não os fechou. Acredito que a vigilância agiu com muito rigor conosco.

 

IC: Você diz acreditar que a vigilância agiu com muito rigor. Acredita que tenha havido alguma interferência política nesse tratamento?

 

Plínio: Em minha opinião pode ser que sim, pois foi mesmo inesperada a ação deles, o que pode fazer crer que houve sim certa interferência política. Não vou citar nomes até porque não sei, mas estou certo que houve muito exagero por parte da vigilância. Eu estou convicto que a ação pode ter sido de cunho político, mas isso é página virada.

 

IC: O que fez para solucionar o problema?

 

Plínio: Resolvemos fazer uma reforma geral interna no hospital e mais uma vez atendemos todos os pedidos da vigilância sanitária. Investimos cerca de R$ 50 mil nessa reforma, incluindo a do centro cirúrgico. Chamamos o pessoal da vigilância para vistoriar a reforma um dia antes do aniversário da cidade. Eles vieram e se depararam com um hospital bem organizado e fizeram a liberação do centro cirúrgico e demais adequações solicitadas. Recebemos deles muitos elogios, destacando que não se vê hospital público como o nosso está. Já estamos atendendo a comunidade da melhor forma possível com cirurgias de urgência e emergência e a partir de janeiro estaremos fazendo cirurgias eletivas novamente.

 

IC: Sobre a questão do problema fundiário do Setor Morada do Sol III. O que tem a dizer?

 

Plínio: Aquele setor existe há mais de 9 anos e nenhum prefeito até hoje deu conta de resolver os problemas de infra-estrutura de lá, como colocação de água, energia e asfalto. É um setor que, por irresponsabilidade de políticos passados tem muito por fazer ainda e de fato nos sensibiliza a situação de seus moradores. Logo que vencemos as eleições, conversamos com o governador da época e demos entrada com o pedido de regularização. O prefeito anterior também tentou muito organizar aquilo ali sem sucesso, e para nós também se revelou que não era tarefa fácil, especialmente pelos problemas ambientais existentes lá, como casas construídas em áreas ambientais, sobre represa entupida e sobre aterro, áreas institucionais invadidas, etc. Tudo isso complicava. Mas nós trabalhamos incansavelmente e há pouco mais de 60 dias conseguimos a tão sonhada licença ambiental para aquele setor. Isso é motivo de muita alegria, pois representa o pontapé inicial para que os benefícios cheguem lá, como asfalto, energia e água. Podemos agora começar a cumprir nossa promessa de campanha.

 

IC: É sabido que, por todos os problemas, a avaliação de seu governo não estava tão boa, mas vem melhorando gradativamente. A que você credita isso?

 

Plínio: Na verdade as pessoas ficam um pouco sem paciência, querem os benefícios e as obras com mais agilidade, mas as coisas não acontecem assim, com tanta facilidade. A pressa é que o asfalto chegue logo às suas ruas, mas não temos varinha de condão. No entanto, o povo também começa a entender e reconhecer que nós estamos aqui para trabalhar e percebem que os prefeitos das cidades vizinhas não conseguem os benefícios que estão chegando aqui. Eu acho que é por isso que estamos melhorando nossa avaliação. Hoje meu pai está aqui comigo, na prefeitura, e está me ajudando muito. Com o apoio de minha família, nossos secretários e de meus amigos vamos chegar ao final do mandato com uma ótima avaliação.

 

IC: A chegada de seu pai mudou o aspecto da administração?

 

Plínio: Ter meu pai aqui na prefeitura junto comigo era um sonho antigo meu. É um homem com muita experiência administrativa, que com certeza está mudando a cara da administração. Meu pai acorda cedo, dorme tarde, cobra de todos os secretários, opina em todas as secretarias, quer respostas rápidas e com isso nossa administração melhorou 80%. Sem dúvida nenhuma tivemos um ganho muito grande com a vinda de meu pai para a administração. Melhoramos nossa relação com o Poder Legislativo, pois ele, por iniciativa própria, passou a frequentar as sessões da Câmara para responder aos questionamentos. Precisamos de uma relação mais harmônica entre os poderes e a prefeitura está de portas abertas para todos os vereadores.

 

IC: Qual a maior dificuldade enfrentada hoje por sua administração?

 

Plínio: Nossa maior dificuldade hoje está relacionada à queda de receitas por conta da crise que assolou o Brasil. Receitas caem e as despesas não param de crescer. Temos feito de tudo para conter essa despesa e equilibrar as contas, mas tem sido uma tarefa árdua. 

 

IC: Saindo um pouco dos temas polêmicos, qual avaliação você faz desses seus 03 anos de governo? E quais obras e ações pontua como mais importantes até aqui?

 

Plínio: Acho que, apesar das dificuldades, estamos fazendo uma administração boa, com diversos ganhos para nosso município. Recebemos a prefeitura sem certidões, com nosso Cauc cheio de problemas e, só para legalizar a documentação que a prefeitura necessitava para conseguir os recursos federais e estaduais levamos mais de um ano. Sem lamentações, corremos atrás dos recursos e muito já foi feito. Não tínhamos máquinas para atuar na infra-estrutura. Não tínhamos carros e, com muito apoio dos deputados federais, especialmente da Magda Mofatto, que nos ajudou muito com emendas parlamentares já mudamos essa realidade. Tivemos ainda muito apoio do governo de Goiás da época, com a ajuda do Manoel Xavier.

Entre as conquistas, posso dizer que conseguimos o asfalto do distrito de Auriverde, adquirimos 10 ambulâncias, máquinas como pá carregadeira, retroescavadeiras, caminhões, carros pequenos, asfalto, sistema de iluminação de primeiro mundo com led, o que nos dá uma economia de 65% do que gastávamos antes, fizemos o asfalto do Setor Portal dos Sonhos, inclusive com galerias e meio-fio, asfaltamento do Setor Jardim dos Ipês e de parte do Setor Santa Isabel, construímos posto de saúde e praças.

Nós também fizemos uma quadra de vôlei de areia ao lado do ginásio, onde antes era usado por dependentes químicos, estamos asfaltando o Setor Lago Azul, fizemos as primeiras pontes de concreto da zona rural de Crixás como a ponte do Bardaia, do Limoeiro e uma na região do finado Ovídio de Lima, em parceria com os fazendeiros, implantamos aqui o Sistema Name de ensino para 1.800 alunos, que é de primeiro mundo e está implantado em mais de 20 países, temos um raio-x de primeiro mundo no hospital municipal, reformamos escolas rurais, de forma que os avanços aconteceram em Crixás. Fizemos muita coisa por esse município e muito está por vir, pois temos muitas emendas parlamentares destinadas para Crixás, que devem começar a ser liberadas de janeiro para fevereiro do ano que vem.

 

IC: Quais benefícios têm chegado ao distrito de Auriverde através de sua administração?

 

Plínio: Como eu disse anteriormente, nós fizemos o asfalto de Auriverde. Tem rua lá que não tem nem morador e tem asfalto. Recebemos o distrito em estado de calamidade, com buracos em toda malha asfáltica. Hoje é um distrito limpo, bem iluminado com lâmpadas de led também e recebe todos os benefícios como aqui na sede do município. Temos lá uma médica, uma enfermeira e uma odontóloga, de forma que Auriverde está bem assistida.

 

IC: Ano que vem é ano de eleições municipais e um questionamento se torna inevitável: Plínio Paiva vai tentar a reeleição?

 

Plínio: Realmente é um assunto que as pessoas ficam atentas e querem saber. Temos um grupo inovador, com propostas reais e, quero dizer, que sou sim pré-candidato a prefeito, pelo nosso grupo. Claro que nosso grupo tem outros nomes com pré-disposição para concorrer ao cargo, mas nosso nome está sim à disposição mais uma vez. Mas isso vai depender do entendimento do grupo, da comunidade. Todavia, posso garantir que nosso grupo terá candidatura majoritária e sou um dos pré-candidatos para tentar a reeleição.

 

IC: Para finalizarmos, qual mensagem de fim de ano você deixa para a comunidade de Crixás?

 

Plínio: Quero dizer que a comunidade pode continuar contando com nosso trabalho incansável no ano de 2020. Esse ano vindouro com certeza vai ser um ano de muito trabalho e muita realização. Desejo a todos muito sucesso, muitas alegrias e realizações em 2020. Boas festas a todos! Que Deus abençoe a todos...




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