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Quarta-Feira, 20 de Agosto de 2025

Vestibular da UEG ocorre sem que candidatos escolham cidades em que vão estudar



Vestibular da UEG ocorre sem que candidatos escolham cidades em que vão estudar

Além de reforma com redução de câmpus, vagas para 2020 são limitadas e ainda não se sabe quais locais terão novas turmas


Mesmo sem ter sido anunciado dentro da reforma administrativa, na semana passada, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) terá cursos sem turmas novas já neste ano. Os nomes e locais desses cursos com turmas suspensas vão depender da demanda dos estudantes. Eles realizaram a inscrição do vestibular em 2019 sem escolher a cidade em que estudariam.


O edital prevê que depois de sair o resultado, no dia 11 de fevereiro, os estudantes classificados poderão selecionar três cidades para se matricular. No entanto, apenas as com mais demanda terão turmas abertas. As outras ficarão sem uma nova turma. As já existentes continuam normalmente.


A quantidade de cursos que não terão novas turmas ainda não foi divulgada, mas para se ter uma noção do impacto, o vestibular para o primeiro semestre de 2019 tinha 5.035 vagas. Já o vestibular para o mesmo período de 2020 tem 3.694 vagas.


Titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), Adriano da Rocha Lima, defende que todas essas mudanças na UEG foram necessárias porque sua gestão estaria sendo ineficiente, com custos muitos altos e sem que isso refletisse na qualidade do ensino.


A diminuição de novas turmas na Universidade Estadual de Goiás (UEG) vai permitir que a universidade funcione mesmo com a perda de cerca de 1.460 servidores temporários, demitidos nos últimos meses, que representam 47% de todos os funcionários. As demissões foram em cumprimento a uma decisão judicial, já que estavam com contratos irregulares.


Para cobrir esse desfalque, foram contratados até agora apenas 300 professores por meio de processo seletivo simplificado. Além deles, segundo Rocha Lima, serão contratados cerca de 80 servidores que passaram em concursos antigos.


“A própria quantidade de cursos no vestibular levou em conta isso, então nós garantimos que todos os cursos terão professores”, afirma o secretário. Flexibilidades criadas na reestruturação vão ajudar a executar esse novo modelo de vestibular pela demanda.


Os professores deixaram de ser vinculados diretamente à cidade onde lecionam. A partir de agora, segundo Rocha Lima, eles são vinculados aos institutos da área de conhecimento de seus cursos. Dessa maneira, eles podem ser remanejados de cidade segundo a demanda de cursos com novas turmas.


Histórico

Na semana passada, foi anunciada a diminuição dos câmpus da UEG, que passaram de 41 para oito. Além disso, foram criadas coordenações unificadas para área de conhecimento e houve a diminuição de participantes do Conselho Superior Universitário (CsU), instância máxima de decisão da universidade. Essas alterações devem diminuir o tamanho da área administrativa da UEG.

Desde a renúncia do reitor Haroldo Reimer, em março de 2019, investigado por suspeita de corrupção, a gestão de Ronaldo Caiado (DEM) denuncia o que seria a interferência política dentro da UEG na gestão de Marconi Perillo (PSDB). Seriam criados cursos sem viabilidade econômica e de demanda para atender políticos aliados.


Logo que assumiu a reitoria da UEG, em outubro de 2019, o interventor Rafael Borges havia adiantado parte dessa mudança no vestibular, dizendo que nem todas as turmas ofertadas seriam efetivadas. Na época, Rafael Borges preferiu não detalhar como seria e disse que isso seria discutido com mais detalhes após a publicação do edital do vestibular 2020, que também ocorreu em outubro do ano passado.


Uma reportagem do POPULAR publicada em dezembro do ano passado sobre vagas remanescentes da Universidade Estadual de Goiás abordou um pouco mais sobre esse novo modelo de vestibular, pela demanda. Mas o assunto não chegou a ser amplamente divulgado na imprensa.


Marconi critica reforma, secretaria defende ajustes

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) criticou a reforma administrativa, que na prática diminui a Universidade Estadual de Goiás (UEG). Na sexta-feira (17), foi anunciada a redução de 41 para oito a quantidade de câmpus da instituição.

Em nota, ele lembrou que a universidade foi criada em 1999 e passou gradativamente por um processo de autonomia, passando a ter suas decisões pautadas em assembleias da própria comunidade universitária. 


“A abertura de novos cursos e câmpus sempre se deu de acordo com a realidade econômico-financeira da UEG, levando em conta a demanda acadêmica, a realidade orçamentária e a disponibilidade de professores e servidores técnico-administrativos em cada região”, garantiu o ex-governdor. 


Ainda na nota, ele diz que a UEG foi entregue à própria sorte e a comunidade acadêmica foi abandonada. Ele reclama que cursos estariam sendo descontinuados sem aviso prévio e as demissões teriam ocorrido sem estudo.

 

Em resposta, o titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), Adriano da Rocha Lima, fala de uma nova UEG “sem o pecado da corrupção” que, para ele, seria o alicerce da gestão de Marconi. Ele chama a UEG de antes da gestão Caiado de “velha UEG”, em contraposição ao que seria a “nova UEG”.


“Entre 2015 e 2018, por exemplo, auditoria da Controladoria-Geral do Estado mostrou que foram abertos 30 cursos sem o menor planejamento, apenas para atender a interesses de alguns aliados políticos que viam na ação a melhor forma de conquistar votos em suas respectivas regiões”, diz trecho da nota. 


Ainda na nota, Rocha Lima lembra que a UEG ocupa a 108º posição no Ranking Universitário Folha (RUF) e compara com a posição da Universidade Federal de Goiás (UFG) no mesmo ranking,em 20º lugar. 


O secretário também lembra de ex-reitores que seriam aliados de Marconi e eram suspeitos de envolvimento com irregularidades. 


Novo concurso só depois que Goiás sair de RFF, afirma secretário

Não há previsão de novos concursos para a Universidade Estadual de Goiás (UEG). O buraco deixado pela demissão de 47% dos servidores, entre professores e técnicos, que estavam com contratos irregulares, está sendo tampado, parcialmente, por novos temporários e aprovados em concursos anteriores. A motivação para isso é a expectativa de Goiás entrar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que proíbe a realização de novos concursos, que representam mais gastos, segundo o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano da Rocha Lima. “É proibido até que tenhamos a situação fiscal estabilizada e saiamos do RRF. Por isso, em acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), pedimos autorização para concursos já realizados, para poder chamar os que passaram”, cita.


Questionado sobre a retomada do pagamento de benefícios para os servidores, como diárias, progressão por titulação, licença para qualificação e bolsa permanência, Rocha Lima disse que tudo isso será discutido na reforma pedagógica que a UEG deve passar. Ele garante que vai ter bonificação para quem realiza pesquisas acadêmicas. 


A reportagem ainda questionou se a remuneração dos coordenadores setoriais da universidade seria aumentada já que deixaram de existir as funções de coordenador adjunto de estágio e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Rocha Lima informou que, ao que tudo indica, não haverá essa remuneração a mais. 


Fonte: O Popular




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