Gestor e Presidente da FGM relata que há disparidade na campanha de vacinação de alguns municípios goianos como em Campos Verdes por conta da defasagem dos dados do Censo Demográfico do IBGE
Em reunião virtual nesta quarta-feira (28), o presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) e Prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, pediu mudanças nos critérios utilizados para a distribuição de vacinas contra a Covid-19 aos municípios de Goiás. Segundo Haroldo, há disparidade na campanha de imunização de alguns municípios goianos por conta da defasagem dos dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que são de 2010.
Também participaram da transmissão representantes do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Associação Goiana de Municípios (AGM), Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) e do Instituto Mauro Borges (IMB).
O presidente da FGM, Haroldo Naves, que é prefeito de Campos Verdes, relatou que, além do município que representa, outras cidades como Itapirapuã, Matrinchã, Guarinos, Goianira e outros estão com dados populacionais não condizentes com a realidade, o que impacta diretamente na imunização e tem atrasado muito a vacinação da população. “Desde 9 de março apresentei solicitação para esta revisão. A última remessa de vacinas foi de 5 doses, enquanto as filas diárias passam de 200 pessoas esperando”, disse.
“Acompanho o sofrimento de meus colegas prefeitos nesta mesma situação. Entendo as amarras do PNI (Plano Nacional de Imunização), mas não podemos deixar que essa disparidade, que já é de conhecimento da Saúde, continue matando o povo”, complementou.
À frente da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), Flúvia Amorim demonstrou compadecer com a situação, mas colocou entraves no tocante à validade dos dados para uma redistribuição das doses. “Precisamos de dados que possam ser aferidos em todos os municípios goianos e, a partir deles, providenciar uma solução junto à CIB (Comissão Intergestores Bipartite)”. Flúvia argumentou que este problema não é local e que a falta do Censo prejudica a vacinação como um todo.
A promotora de Justiça Lucinéia Vieira Matos propôs a criação de um grupo de trabalho para tentar encontrar uma solução para o entrave.
Com informações do Jornal O Popular