GASTO - A gestão do prefeito Carlos Seixo, em Crixás, está sendo alvo de uma investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) devido aos altos gastos com aluguel de veículos e maquinários. Em 2021 e 2022, a prefeitura gastou mais de R$10 milhões com locações, um valor que seria suficiente para adquirir todos os equipamentos e veículos alugados. Essa quantia é a maior registrada na história do município desde sua emancipação política, há 68 anos.
As cifras astronômicas chamam a atenção dos contribuintes, principalmente considerando o porte da cidade de Crixás. Os contratos de aluguel ultrapassam a marca de R$700 mil mensais, o que levanta questionamentos sobre a necessidade e a justificativa desses gastos desproporcionais.
De acordo com informações obtidas no portal da transparência da prefeitura, aproximadamente 18 veículos alugados estão à disposição do município, incluindo caminhões truck, motoniveladoras, retroescavadeiras, veículos utilitários, caminhões compactadores de lixo e uma van. Surpreendentemente, os beneficiários desses contratos são empresários que patrocinaram a campanha do atual prefeito.
Os valores pagos pela prefeitura de Crixás estão muito acima dos praticados pelas agências de locação de veículos no Estado de Goiás. Conforme dados da Localiza, o valor médio para o aluguel de um veículo utilitário é de aproximadamente R$3.500,00 por mês, mas no município, a prefeitura paga ilegalmente cerca de R$16 mil pela locação de uma caminhonete ano 1994. Há indícios de superfaturamento também nos contratos de caminhões truck, que deveriam custar R$20 mil para locação, mas acabam custando mais de R$40 mil ao contribuinte de Crixás.
A maioria dos contratos estabelece que a prefeitura é responsável pelo abastecimento e pela contratação dos motoristas, enquanto a manutenção dos veículos fica por conta dos locatários. Essa estrutura contratual levanta suspeitas sobre a forma como esses contratos foram estabelecidos, além de aumentar a preocupação sobre a legalidade dos pagamentos realizados pela prefeitura.
Diante dessas circunstâncias, o Ministério Público de Goiás iniciou uma investigação para apurar as possíveis irregularidades nessas locações e verificar se houve algum tipo de favorecimento ou direcionamento indevido dos contratos. A população de Crixás espera que o MP-GO esclareça os fatos e tome as medidas necessárias para garantir a transparência e a correta utilização dos recursos públicos, de forma a cumprir a promessa de moralização e valorização do dinheiro do povo feita pelo prefeito Carlos Seixo durante sua campanha eleitoral.