O vereador Fernando de Igreja (MDB) solicitou ao presidente da Câmara Municipal, Maurinho do Pit Dog, na noite desta quarta-feira (26/01), para que ocorra urgentemente a convocação de todos os vereadores, para uma reunião extraordinário para tratar sobre o suposto desvio de mais de R$ 6 milhões de reais de dinheiro público que estavam na conta do executivo.
Diante da gravidade do fato, o vereador cobra do presidente, uma reunião imediata, para discussão do assunto e apresentação de medidas cabíveis a serem tomadas pelo legislativo além de uma resposta ao povo de Crixás.
O vereador postou em suas mídias sociais e em grupos do whatsapp o texto onde cobra a reunião com todos os representantes do legislativo.
Entenda o caso
Mais de R$ 6 milhões foram desviados nesta terça-feira (25) dos cofres da prefeitura de Crixás, município do Noroeste de Goiás, por estelionatários por meio do Pix, um meio eletrônico não adotado pela gestão municipal que tem à frente o prefeito Carlos Seixo de Brito Junior (Cidadania).
A notícia foi confirmada pelo procurador jurídico local, Tayrone Guimarães, que já acionou a Polícia Civil e a gerência regional do Banco do Brasil. De acordo com o procurador jurídico, um homem dizendo se chamar Fernando de Oliveira, se identificando como gestor do suporte de rede do BB, ligou para o secretário de Finanças, Jovael Maciel da Luz, com informações detalhadas sobre a conta da prefeitura e sobre as senhas cadastradas junto à agência. “Era uma pessoa bem articulada, que induziu o secretário a fazer alterações nas chaves.” A prefeitura só tomou conhecimento das transações no período da tarde quando a gerente regional de suporte de rede do BB notou que algo estava errado.
Jovael Maciel da Luz soube da fraude ao ser comunicado que não havia nenhum Fernando de Oliveira no quadro funcional da agência. Foram 12 transferências para três pessoas que totalizaram R$ 4,6 milhões. “É o que conseguimos apurar até agora porque as contas estão bloqueadas para a prefeitura. Já sabemos os nomes dessas pessoas, mas não as contas e os CPFs”, relata Tyrone Guimarães. A Secretaria de Finanças de Crixás nunca utilizou Pix como meio de pagamento.