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Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Inocentado, Pilarense acusado de abusar do filho nos EUA ganha processo milionário contra jornais



Inocentado, Pilarense acusado de abusar do filho nos EUA ganha processo milionário contra jornais

 

 

Em decisão que ainda cabe recurso, os jornais que noticiaram as falsas acusações terão que pagar uma indenização de US$ 540 mil, o equivalente a R$ 2,7 milhões

 

Um empresário de 46 anos, natural de Pilar de Goiás e que reside nos Estados Unidos há mais de 20 anos, ganhou um processo milionário na Justiça contra dois jornais após ser inocentado de acusações por parte da ex-mulher de ter abusado física e sexualmente do próprio filho.

 

Os periódicos circulam na região de Boston e são voltados para a comunidade brasileira. Em decisão que ainda cabe recurso, os jornais que noticiaram as falsas acusações terão que pagar uma indenização de US$ 540 mil, o equivalente a R$ 2,7 milhões, ao goiano.

 

As informações são do UOL. A história teria origem num processo de divórcio litigioso entre o empresário, que também é pastor, e a ex-mulher, uma esteticista brasileira, envolvendo a guarda do filho do casal.

Ao UOL, o homem contou ter sido preso ao menos cinco vezes após denúncias por parte da ex-esposa de violência doméstica, imigração ilegal, porte ilegal de arma de fogo e quebra de ordem de restrição de proximidade.

 

No entanto, em todas as ocasiões, as prisões foram encerradas e as denúncias arquivadas ou por falta de provas, ou em uma delas quando o homem aceitou uma condicional.

 

Divórcio e acusação de abuso

O empresário goiano e a esteticista se divorciaram em definitivo em 2013. Três anos depois, ele se casou com a atual esposa, uma professora de música. No entanto, as desavenças com a ex-mulher continuaram.

Em 2018, a esteticista foi à Justiça na tentativa de mudar o regime de guarda do filho. No mesmo ano, o menino contou às professoras que sofria abuso sexual e físico por parte do pai.

Um mês depois, o Departamento de Crianças e Família (Department of Children and Families - DCF), concluiu que as denúncias careciam de provas. No entanto, o órgão apontou ter havido indícios de negligência no cuidado da criança por parte da mãe.

 

Reviravolta

 

Em dezembro de 2018, a escola onde o filho do casal estudava chamou a polícia após o garoto relatar que a mãe o havia ameaçado de morte caso ele não acusasse o pai de tê-lo tocado de forma "inapropriada".

Nessa ocasião, o menino já vivia com o pai. Em janeiro do ano seguinte, o Tribunal de Famílias de Middlesex (Massachussetts) constatou que a mãe fazia “campanha” contra o ex-marido com acusações falsas para desacreditá-lo e para romper o relacionamento do pai com o menino".

Em julho do mesmo ano, a esteticista desistiu da guarda do filho e o deixou sob custódia do empresário, pai do menino. Na ocasião, a mulher alegou não ter condições de pagar suas despesas.

 

Jornais condenados

 

Durante a disputa judicial entre a esteticista brasileiros, dois jornais em língua portuguesa que circula nos EUA, voltado para brasileiros, repercutiram o caso. No entanto, o homem afirma que as publicações só traziam a versão da mulher, sem ouvi-lo.

Um dos jornais chegou a publicar em sua manchete que o empresário havia abusado do filho, e que “a criança apresentava sinais visíveis de abuso físico”.

 

O brasileiro processou os jornais e saiu vitorioso. Na sentença, a juíza Maureen Mulligan determinou que os periódicos deverão pagar US$ 540 mil (ou R$ 2,7 milhões), publicar uma retratação e apagar as notícias veiculadas na internet sobre o brasileiro.

 

Ao UOL, o dono de um dos jornais declarou que acreditava que a matéria tinha cunho verdadeiro”, mas admitiu a fragilidade das alegações. “Pode ser que não seja verdade. Ela fez uma acusação falsa e nos colocou em problema”, disse.

 

A decisão ainda é passível de recurso.

 

Fonte: O Popular 

Foto: Divulgação 




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