A suspeita é que, na ação, os policiais tenham usurpado a função da Polícia Civil e destruído provas durante uma das maiores apreensões de armas da capital após tentativa de assalto a uma minerado de Crixás (GO)
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil vai investigar a atuação de policiais militares do Distrito Federal durante uma das maiores apreensões de armas da capital. A suspeita é que, na ação, os PMs tenham usurpado a função da Polícia Civil e destruído provas. A Polícia Militar do Estado de Goiás passou o nome e o endereço de dois suspeitos para a corporação brasiliense após uma tentativa de assalto a uma mineradora no município de Crixás (GO), em que 15 homens fortemente armados chegaram a render dois agentes de segurança pública.
No endereço indicado, uma loja de equipamentos elétricos na QE 7 do Guará I, militares do DF encontraram um arsenal com itens que vão desde um fuzil usado pelas forças especiais norte-americanas a máquinas de fabricar munições, além de cartuchos e projéteis de diversos calibres. A equipe da PM, no entanto, não acionou a perícia, levou o arsenal apreendido para o comando da corporação, no Setor Policial Sul, e os apresentou para a imprensa antes de entregá-lo à Polícia Civil. E o dinheiro recolhido na loja, cerca de R$ 40 mil, foi devolvido ao advogado de um dos suspeitos antes de ser entregue à Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).
Um dos celulares dos suspeitos se perdeu no carro da corporação e só foi entregue no dia seguinte, sem o chip. Para completar, um irmão dos suspeitos, que é PM, esteve no local do flagrante durante a revista. A conduta das equipes da Polícia Militar envolvidas na ação causou desconforto entre as corporações.
Fonte: Correio Braziliense